Família Afonso
A base de tudo
conheça
Nossa história
Sebastião Afonso, nasceu dia 26/02/1962 em Pedralva-MG. Morava na zona rural da mesma cidade, em um bairro chamado Campestre, na fazenda. Mudou-se para Cristina com 1 ano de idade, com seus 10 irmãos até então (depois eles passariam a ser 15, contando com ele- vivos-, pois no total eram 21).
A sede da família foi construída em 1971, pois até então moravam em terras alugadas, e só então adquiriram alguns pedaços de terra (17 alqueires). Com 11 anos saiu da escola (entrou com 7 e saiu com 11), só pra conseguir diploma. Mas desde muito antes disso já tinha as suas ‘tarefas’ na roça. Aqui trabalhavam com arroz na época das águas. Quando entrava a seca mexiam com tijolo. E em qualquer época trabalhavam com trator preparando suas terras e também para outras pessoas (Agrale 4200). Por volta dos anos 90, o arroz começou a ficar muito ruim e tiveram que começar a trabalhar com outras culturas, como banana, corte de madeira de eucalipto e tudo com os irmãos juntos. Só em meados de 1994, cada irmão foi seguindo seu caminho, já todos casados, decidiram repartir as terras, já que seu pai tinha se separado da mãe.
Repartiram as terras e então já tinham um pouco de café. 1400 pés pra cada um. Repartiram em 8 irmãos homens. 6 irmãos não quiseram mexer. Em 1996 colheu 400 sacas nas 7 partes de café. Comprou as terras que hoje pertencem a Fazenda São Sebastião, no Bairro Pinhal, em 1996. Devolveu todas as partes para os irmãos novamente. Dessa forma, continuou com a sua parte, cerca de 11 hectares, no terreno onde hoje se localiza o Sítio Baixadão. Nesse mesmo ano plantou 10700 pés de café na Fazenda São Sebastião, e em 1997 plantou 42000. Em 2001 comprou as terras que hoje pertencem a Fazenda Nossa Senhora da Mata.
Começou tirando o pouco café velho que já tinha lá e colocando mudas novas. Na Fazenda Nossa Senhora da Mata, em 2001, plantou 32000 pés e formou pasto no restante do terreno e um pouco de banana em uma área de cerca de 4 hectares. Em 2004 comprou 147 hectares no bairro Água Limpa, onde hoje se localiza a Fazenda Santa Terezinha, com o dinheiro das primeiras colheitas no Pinhal e Mata. Em 2005 plantou 36000 pés, 2006 plantou 32000, em 2007 plantou 30000 pés, e parou com o plantio de café e formou todos os pastos, mantendo reserva legal de sobra, já dando início ao gado de corte em 2004.
Em 2007 já cultivava 2500 sacas de café, mas sem nenhuma estrutura para pós colheita. Por isso, parou de plantar novas lavouras, pois secava todos os cafés em casa, no bairro da Pedra, 10 km da lavoura. Até 2007 os cafés eram vendidos como commodities. Foi quando em 2007 iniciou um projeto na lavoura da Fazenda São Sebastião, fazendo uma terraplanagem no meio da lavoura, colocando energia elétrica, fazendo pedido de um lavador, despolpador, secador e, no meio da colheita, já começou a usar esse maquinário. No ano seguinte, 2008, já se consagrou campeão do 18° Prêmio Ernesto Illy de Qualidade como o melhor café do Brasil, com um lote de 100 sacas cereja descascado. Nos anos seguintes, continuou despolpando os cafés e produzindo resultados extraordinários, porém sem participar de nenhum outro concurso. A cada ano foi se especializando ainda mais e aprimorando toda e estrutura e conhecimento para a produção de cafés especiais, colocando estufas e outros equipamentos.
Em 2013 comprou novas áreas, cerca de 110 hectares, que poderiam ser boas para o cultivo do café, mas decidiu formar pastagens e cuidar de gado, pois a mão de obra já estava ficando cada vez mais difícil e por ser todo o processo do café feito manualmente, ficaria difícil imaginar o cuidado bem feito para uma área maior.
Mas em 2014, devido a uma seca muito severa, a maturação foi muito desuniforme e tivemos que fazer uma colheita seletiva e, como resultado, conseguimos fazer lotes naturais extraordinários, conseguindo então ganhar o Cup of Excellence, como não apenas o melhor café do Brasil naquele ano, mas como também o Melhor Café do Mundo na Categoria Natural, consagrando-se com a maior nota em cafés naturais da história. No mesmo ano ficou em 2° lugar no concurso da Cooperativa Regional dos Cafeicultores do Vale do Rio Verde – COCARIVE; e também 1° colocado no concurso da Mantiqueira de Minas.
Em 2015 se dedicou ainda mais no ramo dos cafés naturais, enviando 13 amostras para concursos (4 cerejas descascado e 9 naturais), sendo todas finalistas dos concursos e, mais uma vez, conseguiu de se consagrar como o Melhor Café do Brasil pelo Cup of Excellence, sendo então o único Bicampeão na categoria.
Daí em diante o nome e a história acabaram tendo uma grande procura de clientes do mundo todo e de visitas deles aqui na fazenda. Montamos um laboratório de prova para analisar os cafés direto na fazenda e poder negociá-los direto aqui. As lavouras são todas certificadas (Certifica Minas), com todas as nascentes protegidas, reserva legal, todas as leis de trabalho seguidas com todos os direitos e deveres à risca. No momento, colhemos cerca de 40000 sacas de café, 100% manual, com cerca de 80% dessa produção sendo de cafés especiais, com pontuação superior a 84 pontos SCA.
Nossos cafés são vendidos hoje para cafeterias em 19 países. Atualmente, somos considerados pioneiros na produção de cafés especiais na região, pelo histórico irrefutável de títulos e por sempre estarmos a um passo à frente de tudo que diz respeito a produção de cafés especiais raros e extraordinários.
Temos o projeto de criar nossa própria marca de cafés e levar esse café ao consumidor final, para que todo brasileiro tenha também a oportunidade de provar desses cafés que produzimos com tanto amor, carinho e cuidado.